Presidente moçambicano acusa "terroristas" de assassínio de cinco membros seus em ataque a aldeia
Filipe Nyusi avançou que a suposta execução de membros dos insurgentes mostra o nível de impiedade dos terroristas que atuam na província de Cabo Delgado, norte do país.
Corpo do artigo
O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, disse este sábado que os grupos armados que atuam no norte do país "assassinaram" cinco membros dos insurgentes durante um ataque falhado à aldeia de Olumbe, no distrito de Palma, na noite de sexta-feira.
Filipe Nyusi divulgou o acontecimento, falando no discurso de abertura da IV sessão do Comité Central da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, do qual o chefe de Estado é também presidente.
"Ainda [hoje] quando entrava [na sala da sessão do Comité Central] os oficiais [militares] me comunicaram que ontem à noite, no final do dia, tentaram entrar em Olumbe", afirmou o chefe de Estado moçambicano.
13732331
O Presidente moçambicano avançou que a suposta execução de membros dos insurgentes mostra o nível de impiedade dos terroristas que atuam na província de Cabo Delgado, norte do país.
Filipe Nyusi não deu detalhes sobre as circunstâncias em que tais mortes ocorreram. Grupos armados aterrorizam Cabo Delgado desde 2017, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo jihadista Estado Islâmico, numa onda de violência que já provocou mais de 2500 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED, e 714 mil deslocados, de acordo com o Governo moçambicano.
O mais recente ataque foi feito em 24 de março contra a vila de Palma, provocando dezenas de mortos e feridos, num balanço ainda em curso.
As autoridades moçambicanas recuperaram o controlo da vila, mas o ataque levou a petrolífera Total a abandonar por tempo indeterminado o recinto do projeto de gás com início de produção previsto para 2024 e no qual estão ancoradas muitas das expectativas de crescimento económico de Moçambique na próxima década.