Presidente polaco diz não haver "provas conclusivas" de quem disparou míssil caído
Andrzej Duda adianta que o país vai, muito provavelmente, pedir a ativação do Artigo 4.º da NATO na reunião da aliança que se realiza esta quarta-feira.
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O presidente da Polónia, Andrzej Duda, indicou esta terça-feira que não há "provas conclusivas" da autoria do disparo do míssil que caiu numa aldeia do país e matou duas pessoas, mas adiantou ser "altamente provável" que Varsóvia peça a ativação do Artigo 4.º da NATO.
Numa declaração feita poucos momentos depois de também o primeiro-ministro Mateusz Morawiecki ter falado, Duda assinalou que não há "provas claras sobre quem lançou o rocket" e endereçou condolências aos familiares das vítimas.
"Estamos à espera dos resultados das investigações", explicou, adiantando desde já que tem uma "clara mensagem de apoio" da parte do presidente norte-americano, Joe Biden.
Sobre a reunião da NATO que vai aconteceu esta quarta-feira, Duda disse ser "altamente provável" que o embaixador da Polónia "peça a ativação do Artigo 4.º" da aliança, que estabelece que os aliados "consultar-se-ão sempre que, na opinião de qualquer delas, estiver ameaçada a integridade territorial, a independência política ou a segurança de uma das partes".
O que aconteceu foi "sem dúvida a explosão de um míssil", e "todos os aliados" asseguraram à Polónia o seu apoio, "incluindo sob o Artigo 5.º", asseverou também, antes de realçar que "a proteção da Polónia foi reforçada, mas não há indicações de que possam ocorrer mais eventos deste tipo".
No final da tarde de terça-feira, um alto funcionário dos serviços de informações dos Estados Unidos disse que mísseis russos caíram na Polónia.
Após estes relatos, o Governo polaco aumentou "o nível de alerta de algumas unidades militares" após uma reunião de emergência da Comissão de Segurança Nacional da Polónia.
O responsável pelo Conselho de Segurança Nacional, Jacek Siewiera, adiantou, por sua vez, que o primeiro-ministro, Mateusz Morawiecki, manteve uma conversa sobre esta questão com o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, para analisar "as condições de utilização do artigo 4.º" da Aliança Atlântica