Presidente sírio agradece a Rússia, China e Irão por não interferirem no conflito
O Presidente da Síria, que hoje se dirigiu à nação num raro discurso público, agradeceu à Rússia, à China e ao Irão por não interferirem no sangrento conflito que opõe regime e forças da oposição.
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No teatro da Casa da Cultura e das Artes, em Damasco, repleta de apoiantes que se levantam frequentemente, batendo palmas e de punhos erguidos, Bashar al-Assad, que governa desde a morte de seu pai, em 2000, constatou que "os inimigos" da Síria têm uma "agenda para a divisão" do país.
O Presidente sírio transmitiu ainda que não encontrou "parceiros" a nível interno para uma solução política, que ponha fim à guerra civil que dura desde março de 2011 e já causou mais de 60 mil mortos, segundo as Nações Unidas.
Recusando negociar com "fantoches do Ocidente", Bashar al-Assad realçou que o facto de não existirem "parceiros" para o diálogo não significa que o regime não esteja "interessado numa solução política".
Lamentando o sofrimento do povo sírio, Bashar al-Assad apontou responsabilidades às forças da oposição "criminosas" e recusou admitir que existe uma revolta popular contra o regime, há quatro décadas dirigido pelo clã a que pertence.