Tayyip Erdogan disse esta tarde que, depois do golpe falhado que o país sofreu, está aberto o caminho para discutir a pena de morte e pediu aos EUA a detenção ou extradição de Fethullah Gülen.
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Relaxado e com um ar sorridente, em Istambul, o presidente turco afirmou que a tentativa de golpe tinha sido realizada por uma minoria no exército.
" O exército é nosso, não é uma estrutura paralela. Eu sou o principal comandante", afirmou, referindo-se a Fethullah Gulen , um clérigo com sede nos EUA que Erdogan acusa de fomentar a tentativa de golpe de estado.
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Nesta declarações, Recep Tayyip Erdogan pediu a detenção e a extradição imediata do clérigo Fethullah Gülen, por parte dos EUA. Güllen é acusado pelas autoridades turcas de ser um dos principais ideólogos da tentativa de golpe no país.
O líder religioso vive em exílio na Pensilvânia e Erdogan pede a entrega de Güllen à Turquia, se a aliança entre o país e os EUA se mantém "verdadeira", disse o presidente no mesmo discurso.
Numa rara entrevista dada a um grupo restrito de jornalistas, Fethullah Gülen rejeitou as acusações que o associam ao golpe militar de sexta-feira.
Citado pelo The Guardian, "Não acredito que o mundo acredita nas acusações feitas pelo presidente Erdogan", disse Gülen, afirmando que existe a possibilidade de este ter sido um golpe encenado de maneira a que mais acusações sejam feitas contra apoiantes seus.
Já o primeiro-ministro, Binali Yildirim, tinha acusado Gülen, auto-exilado nos Estados Unidos, de ter criado um "Estado oculto" ou "paralelo", defendendo que qualquer país que se puser ao lado do imã "não será um amigo da Turquia e será considerado como estando em guerra contra a Turquia".