No telefonema, feito para felicitar Zelenskiy pela sua investidura como Presidente da Ucrânia, Donald Trump terá pedido oito vezes ao político que investigasse Joe Biden e o seu filho por atos de corrupção na Ucrânia.
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O Presidente da Ucrânia defendeu que a conversa telefónica que teve com Donald Trump não deveria ter sido divulgada e desvalorizou a investigação que está a ser feita a Joe Biden, candidato democrata às presidenciais.
A transcrição mostra que o Presidente dos Estados Unidos pressionou Vladimir Zelenskiy para que investigue Hunter Biden, filho de Joe Biden, vice-presidente no mandato de Barack Obama e atual candidato à Casa Branca pelo Partido Democrata, por suspeita de irregularidades na sua ligação com uma empresa ucraniana.
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No telefonema, feito para felicitar Zelenskiy pela sua investidura como Presidente da Ucrânia, Donald Trump terá pedido oito vezes ao político que investigasse Joe Biden e o seu filho por atos de corrupção na Ucrânia.
A alegada pressão terá começado uns dias antes do telefonema, quando Trump congelou ajuda militar à Ucrânia, no valor de cerca de 400 milhões dólares (363 milhões de euros), como forma de coagir o Governo ucraniano a abrir a investigação pedida.
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A ajuda militar foi transferida depois, a 11 de setembro.
Na terça-feira, a presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, a democrata Nancy Pelosi, anunciou a abertura de um processo que visa a destituição do Presidente ("impeachment") por abuso de poder e violação da segurança nacional.
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"Acho que estas coisas, estas conversas entre chefes de Estados independentes, não deveriam ser divulgadas", defendeu Zelenskiy, à margem da Assembleia Geral da ONU, que está a decorrer em Nova Iorque.
O Presidente ucraniano sublinhou que "não tem medo" pelo facto de a conversa ter sido publicada, uma vez que a investigação a Biden é apenas um dos "muitos casos" sobre os quais fala com líderes de outros países.