"Foi precisa muita audácia", comentou o indignado delegado de polícia. O caso aconteceu numa pacata cidade do estado de Santa Catarina
Corpo do artigo
No pacato parque aquático de Santo Amaro da Imperatriz, cidade de águas termais geminada com a portuguesa Caldas da Rainha, e situada nas imediações de Florianópolis, a capital do estado de Santa Catarina, não é comum alguém registar queixa na polícia porque não é comum registarem-se crimes.
Mas a polícia foi chamada ao local na semana passada porque um rapaz, de 23 anos, foi apanhado a adquirir produtos de merchandising do parque aquático com notas falsificadas.
Depois de passar pela delegacia de polícia do pequeno município, o rapaz foi então encaminhado para a audiência de custódia. E, sendo réu primário e não tendo praticado nenhum crime de sangue, o juiz permitiu, claro, a sua saída mediante o pagamento de fiança.
O caso terminaria aqui não fosse o chefe do cartório da polícia civil de Santa Catarina, ao depositar o dinheiro na conta judicial, ter reparado que o pagamento da fiança fora efetuado com... notas falsas.
"Foi necessária muita audácia", comentou indignado Rodrigo Mayer, o delegado de polícia encarregado do caso.
E pronto: a polícia lá foi atrás do rapaz, entretanto localizado e preso pelo setor de investigação criminal de Santa Catarina.
Resta saber se o juiz de custódia o vai autorizar novamente a sair mediante pagamento de fiança.
O correspondente da TSF no Brasil, João Almeida Moreira, assina todas as quintas-feiras a crónica Acontece no Brasil