As primeiras eleições livres da história da Tunísia estão a decorrer sem problemas. A eurodeputada Ana Gomes fala num clima de «grande calma e grande excitação».
Corpo do artigo
Estão a decorrer sem problemas as primeiras eleições livres da história da Tunísia, país onde ocorreu a primeira revolução da chamada Primavera Árabe.
Nove meses depois do derrube do regime de Ben Ali, os tunisinos escolhem os 217 membros da Assembleia Constituinte, que serão encarregados de elaborar a nova constituição do país.
Ouvida pela TSF, Ana Gomes, convidada pelo Instituto Democrático Internacional para ser observadora destas eleições, considerou existir um «ambiente de grande calma e grande excitação».
«As pessoas estão muito felizes por poder votar nas primeiras eleições livres não só nas suas vidas, mas no seu país», sublinhou a eurodeputada do PS.
De acordo com Ana Gomes, no centro de Tunis, a «afluência é enorme» e já existiam filas grandes aquando da abertura das urnas às 7:00, que aumentaram com o decorrer do acto eleitoral.
«As pessoas estão calmamente esperando. O sol está a aquecer e elas esperarão o tempo que for preciso para poder votar. Está tudo bastante bem organizado», adiantou.
Apesar de admitir que «tudo pode não ser perfeito do ponto de vista dos procedimentos», até porque estas são as primeiras eleições livres no país, Ana Gomes diz que «o que importa é que os cidadãos tenham confiança na integridade do processo e que os resultados que saírem correspondam aos anseios do povo».
A eurodeputada destacou ainda o «momento histórico» que está a ser vivido «não apenas pelos tunisinos, um povo que foi horrivelmente reprimido por um regime que tinha um refinamento e uma sofisticação na repressão inacreditável, mas também para toda a humanidade, em particular, para todos os povos árabes».
«Sem dúvida, que o que se se está a passar na Tunísia inspira todo o mundo árabe e todos os que lutam pela democracia em todo o mundo», concluiu.