Orbán, que se opõe à reforma europeia do asilo, que prevê uma solidariedade obrigatória, mas flexível, no acolhimento de requerentes de asilo, fazia referência à teoria da grande substituição, popularizada pela extrema-direita.
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O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, acusou este sábado a União Europeia (UE), que chama de "império federalista", de fazer "trocas de populações através da migração".
"A UE rejeita a herança cristã e organiza trocas de populações através da migração", afirmou o dirigente ultraconservador na universidade de verão do seu partido em Baile Tusnad, na Roménia.
Em declarações à TSF, Pedro Neto, diretor-executivo da Amnistia Internacional, considera que a União Europeia tem de ser mais firme ao nível das sanções contra a Hungria e deixa uma farpa ao primeiro-ministro António Costa.
"Temos a lamentar, é que aquilo que temos visto é muito trabalho de diplomacia e muitos amigos a verem o futebol literalmente juntos. E isso é um problema, não envia bons sinais políticos."
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Orbán, que se opõe à reforma europeia do asilo, que prevê uma solidariedade obrigatória, mas flexível, no acolhimento de requerentes de asilo, fazia referência à teoria da grande substituição, popularizada pela extrema-direita e que alude a uma Europa descaracterizada com a chegada em massa de migrantes.
No seu discurso, o chefe do Governo húngaro criticou, também, "a ofensiva LGBT+ [Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgénero e outros] da UE contra as nações europeias favoráveis à família".
Notícia atualizada às 19h35