A iniciativa surge no mesmo dia em que a al-Qaida reivindicou a série de atentados que, sábado, atingiram o Iraque, em especial a capital Bagdad, e que causaram mais de 70 mortos e 300 feridos em todo o país.
Corpo do artigo
O primeiro-ministro iraquiano ordenou hoje uma vasta operação de segurança no leste e norte do Iraque, para prender os responsáveis dos atentados de sábado, que causaram mais de 60 mortos e centenas de feridos.
A televisão iraquiana Al Iraqiya noticiou hoje que Nuri al Maliki também deu instruções nesse sentido aos responsáveis das províncias de maioria sunita de Ninawa (norte) e Al-Anbar (oeste).
Por sua vez, o chefe das operações de segurança, o general Mozahar al Ezaui, anunciou a captura de uma célula de cinco supostos membros da Al-Qaida, que responsabilizou pelos atentados perpetrados no sábado na cidade de Al Naseriya e noutras zonas do sul do Iraque.
Esta decisão surge no mesmo dia em que a Al-Qaida reivindicou a série de atentados que, no sábado, causou 74 vítimas mortais e deixou mais de 300 feridos em todo o país.
De acordo com a Al-Qaida no Iraque, tratou-se de uma resposta às operações levadas a cabo pelas forças de segurança iraquianas.
«O Estado Islâmico do Iraque mobilizou-se (...) em Bagdad e nos estados do Sul e noutros, para transmitir uma mensagem rápida de dissuasão, no terceiro dia de Eid al-Fitr [festa que marca o fim do mês de jejum sagrado do Ramadão]», refere um comunicado divulgado em fóruns jihadistas, citado pelas agências internacionais.
Os ataques perpetrados contra bairros sunitas e xiitas tiveram especial incidência na capital iraquiana de Bagdad e foram descritos como os mais mortíferos dos últimos cinco anos.
Os atentados em viaturas armadilhadas, que destruíram cafés e mercados em Bagdad, assim como explosões e tiroteios noutros lugares foram hoje considerados pelo Departamento de Estado norte-americano, em comunicado, como ataques "cobardes", dirigidos contra as famílias que celebram o Eid al-Fitr.
O mês sagrado do Ramadão, que agora termina, foi violento no Iraque, com cerca de 800 pessoas mortas em atos de violência, segundo um balanço feito pela agência noticiosa francesa AFP.