Depois de ter pedido a dissolução do parlamento, Sigmundur Gunnlaugsson entregou agora o pedido de demissão.
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É a primeira baixa na sequência da divulgação dos "Documentos do Panamá".
Sigmundur Gunnlaugsson que já esta terça-feira tinha pedido a dissolução do parlamento entregou agora o pedido de demissão, anunciou o Partido Progressista que lidera a coligação no poder.
Na conta oficial no Facebook, Gunnlaugsson escreveu esta terça-feira que se orgulha do trabalho político que tem feito e que não tinha medo de o sujeitar "ao veredicto do eleitorado, seja agora ou mais tarde".
Na segunda-feira, Gunnlaugsson tinha excluído demitir-se após a revelação de que possui bens dissimulados num paraíso fiscal, no âmbito da publicação dos chamados "Documentos do Panamá".
Um fundo offshore, que agora é apenas propriedade da mulher.
Quando foi eleito pela primeira vez deputado em abril de 2009, na qualidade de líder do Partido Progressista, omitiu essa participação na sua declaração de património.
Na noite de segunda-feira a oposição convocou uma manifestação frente ao parlamento para exigir a demissão do primeiro-ministro. A pressão sobre o primeiro-ministro aumentou e nesta manifestação estima-se que 22 mil pessoas tenham saído à rua para pedir a demissão do chefe do governo.
Após um governo social-democrata, que subiu ao poder na sequência do colapso económico da Islândia em 2008, Gunnlaugsson garantiu o cargo de primeiro-ministro em 2013 com o apoio do Partido da Independência, cujo líder, Bjarni Benediktsson, atual ministro das Finanças, também surge nos "Documentos do Panamá".