A informação foi avançada à AFP por um funcionário da fronteira de Rafah, que dá conta da chegada do combustível, que irá alimentar dois geradores em dois hospitais do território.
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Os primeiros seis camiões com combustível entraram na Faixa de Gaza, este domingo, numa altura em que Israel intensifca os ataques ao enclave palestiniano, que vive uma situação humanitária "catastrófica", avançou a AFP.
A informação foi avançada à agência noticiosa por um funcionário da fronteira de Rafah, que dá conta da chegada do combustível, que veio do Egito, e irá alimentar geradores em dois hospitais.
Israel receia que o Hamas possa utilizar o combustível trazido para Gaza para fabricar armas e explosivos.
A passagem fronteiriça de Rafah reabriu este domingo para que 17 camiões com ajuda humanitária para o povo palestiniano pudessem chegar até à Faixa de Gaza, adiantou este domingo a AFP, depois de no sábado terem entrado 20 camiões.
De acordo com a Aljazeera, estes camiões só levavam medicamentos
Após a passagem dos primeiros 20 camiões, no sábado, as Nações Unidas estimaram que a sua carga equivalia apenas a 4% das importações diárias em Gaza antes do início da guerra, e que seriam necessários pelo menos 100 camiões por dia para os 2,4 milhões de habitantes de Gaza, metade dos quais crianças.
Desde então, os mais de 2 milhões de habitantes do território têm-se debatido com ataques aéreos israelitas e com recursos cada vez mais escassos.
Os militantes do Hamas invadiram Israel a partir da Faixa de Gaza a 7 de outubro e mataram, pelo menos, 1400 pessoas, na sua maioria civis, no primeiro dia do ataque, segundo as autoridades israelitas.
Este foi o pior ataque contra civis na história de Israel e coincidiu com o fim do feriado religioso de Sukkot.
A campanha de bombardeamento de retaliação de Israel matou mais de 4600 palestinianos, sobretudo civis, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, dirigido pelo Hamas.
Mais de 40% das habitações de Gaza foram danificadas ou destruídas, de acordo com a ONU, citando as autoridades locais, e Israel suspendeu o fornecimento de alimentos, água, combustível e eletricidade.
A entrega de 17 camiões de ajuda no domingo, através do posto fronteiriço de Rafah, em Gaza, com o Egipto, foi a segunda operação deste tipo em dois dias, depois de 20 camiões terem chegado no sábado, na sequência de negociações e pressões dos EUA.
O chefe da agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos advertiu que o abastecimento de combustível se esgotaria em três dias. "Sem combustível, não haverá assistência humanitária", disse Philippe Lazzarini.
Israel intensificou os seus ataques durante a noite e matou "dezenas de terroristas" na cidade de Gaza e arredores, incluindo o vice-comandante da rede de rockets do Hamas, disse o porta-voz militar Daniel Hagari este domingo
. O Hamas afirmou que os ataques noturnos na Faixa de Gaza mataram pelo menos 80 pessoas e destruíram mais de 30 casas.