“Prioridade é a busca pelas vítimas e, depois, clarificar o que aconteceu.” Sánchez sobre incêndio que fez 4 mortos em Valência
Os bombeiros só começaram a entrar no edifício afetado esta manhã, e apenas puderam aceder aos pisos mais baixos devido às altas temperaturas que ainda se fazem sentir dentro da estrutura. O presidente do Governo espanhol viajou até Valência para fazer o ponto da situação. O número de vítimas pode aumentar.
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Pedro Sánchez viajou na manhã desta sexta-feira manhã para Valência, depois do incêndio de ontem que arrasou por completo um edifício de 14 andares e deixou pelo menos 4 mortos. À chegada, o presidente do Governo espanhol reuniu-se com os serviços de emergência para conhecer o ponto da situação e os próximos passos.
“Em primeiro lugar quero enviar a nossa solidariedade, o nosso carinho e a nossa empatia aos familiares das vítimas”, disse Sánchez em declarações aos meios de comunicação, para seguidamente passar a agradecer aos serviços de emergência “pelo seu trabalho, a sua dedicação e o seu compromisso, até arriscando a vida”.
O presidente do governo espanhol, que chegou ao bairro valenciano de Campanar perto do meio dia, hora espanhola, sublinhou que “a prioridade agora é a busca de vítimas, garantindo a segurança dos serviços de emergência”. Os bombeiros só começaram a entrar no edifício afetado esta manhã, e apenas puderam aceder aos pisos mais baixos devido às altas temperaturas que ainda se fazem sentir dentro da estrutura.
Esta sexta-feira não restava nada dos 138 apartamentos onde viviam 450 pessoas. O edifício, constituído por duas torres de dez e 14 andares, unidas no meio por um elevador, ficou reduzido a uma ruina negra, coberta de cinza. Além dos 4 mortos já confirmados há ainda 15 feridos, entre eles sete bombeiros, e um número pouco exato de desaparecidos, que oscila entre os 9 e os 15.
“Estamos aqui para dar toda a ajuda às duas administrações, à Comunidade e à Câmara Municipal, para poder responder ao urgente e depois, evidentemente, clarificar o que aconteceu”, explicou Pedro Sànchez.
Para já, ainda não se conhecem as causas do incêndio que deflagrou num apartamento do sétimo piso, mas que rapidamente se propagou a todo o edifício numa enorme coluna de chamas. A fachada estava revestida com poliuretano, um material altamente inflamável, o que explicaria a rapidez com que se estenderam as chamas.
O incêndio começou pouco antes das seis da tarde desta quinta-feira e o forte vento que se fez sentir, com rajadas de 50 e 60km/hora, dificultou a ação dos bombeiros, que demoraram mais de seis horas a extinguir o fogo.
Foi decretado três dias de luto oficial na cidade e o Governo da região já anunciou um pacote de ajudas aos afetados para bens de primeira necessidade de entre 6.000 e 10.000 euros por família, dependendo do número de membros. Os que decidam alugar uma nova casa, poderão beneficiar ainda de uma ajuda de entre 1000 a 1500 euros ao mês por tempo ainda indeterminado, os que optem por comprar uma nova habitação ficam isentos do imposto de transmissão patrimonial, na ordem dos 6 a 10%.
