O homem matou seis pessoas num ataque a uma mesquita no Quebec, em 2017. Acusação queria seis sentenças consecutivas ou 150 anos de prisão sem direito a liberdade condicional.
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Alexandre Bissonnette, de 29 anos, confessou-se culpado, no ano passado, do assassinato de seis pessoas, num dos pouco massacres registados na história do Canadá, em 2017.
O assassino era ainda estudante na altura do ataque. O primeiro-ministro Justin Trudeau considerou "sem sentido" o ataque terrorista.
O massacre lançou o debate sobre o tratamento dos recém-chegados, numa altura em que o Canadá recebia um número crescente de migrantes provenientes dos Estados Unidos para a província de Quebec.
Uma mudança legislativa, de 2011, permite que juízes canadianos profiram sentenças consecutivas no caso de múltiplos assassinatos e por isso, a acusação pedia que Bissonnette cumprisse seis sentenças consecutivas ou 150 anos de prisão, sem direito a liberdade condicional, ou seja, a sentença mais severa desde que o Canadá aboliu a pena de morte em 1976.
Mas o juiz recusou e decretou que o homem terá de passar, pelo menos, 35 anos na prisão até que lhe seja concedido o direito de sair em liberdade condicional.