Um tribunal de Phnon Pehn patrocinado pela ONU condenou o ideólogo do regime, Nuon Chea, de 88 anos, e o chefe de Estado da "Campucheia Democrática", Khieu Samphan, de 83 anos.
Corpo do artigo
Os dois mais altos dirigentes dos khmer vermelhos ainda vivos foram condenados, esta quinta-feira, a prisão perpétua por «crimes contra a humanidade, extermínio, perseguição política e outros atos desumanos».
A condenação do ideólogo do regime, Nuon Chea, de 88 anos, e do chefe de Estado da "Campucheia Democrática", Khieu Samphan, de 83 anos, foi ditada por um tribunal de Phnon Pehn, patrocinado pela ONU.
«É um dia histórico para as vítimas cambojanas que esperaram 35 anos» após a queda do regime dos khmer vermelhos, responsável pela morte de cerca de dois milhões de pessoas entre 1975 e 1979, indicou o porta-voz do tribunal, Lars Olsen.
Após terem tomado o poder em abril de 1975, os khmer vermelhos esvaziaram as aldeias do país para aplicar uma espécie de utopia marxista com vista à criação de uma sociedade agrária sem dinheiro nem cidadãos.