"O Presidente Trump pôs a segurança dos Estados Unidos e das suas instituições de governo em sério perigo", lê-se na acusação.
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Os democratas dos Estados Unidos da América apresentaram, esta segunda-feira, na Câmara dos Representantes, uma acusação de "incitação à insurreição e violência" contra Donald Trump.
Este é o primeiro passo para a abertura formal de um segundo processo de impeachment contra o presidente dos Estados Unidos, que os democratas acusam de ter incitado a invasão ao Capitólio, na semana passada.
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O único artigo de impeachment, adianta a CNN, aponta para as repetidas alegações falsas, por parte de Trump, de que ganhou as eleições e realça ainda o seu discurso a uma multidão no dia 6 de janeiro, em Washington DC, antes dos manifestantes pró-Trump terem invadido o Capitólio. O artigo cita também o apelo de Trump ao Secretário de Estado da Geórgia, quando o exortou a "encontrar" votos suficientes para ganhar o estado.
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"Em tudo isto, o Presidente Trump pôs a segurança dos Estados Unidos e das suas instituições de governo em sério perigo", diz a resolução.
"Ameaçou a integridade do sistema democrático e interferiu com a transição pacífica do poder", lê-se na mesma passagem que acusa Trump de "trair a confiança em si como Presidente, para prejuízo manifesto do povo dos Estados Unidos da América".
A resolução cita ainda a 14.ª Emenda da Constituição, observando que esta "proíbe qualquer pessoa que tenha 'participado em insurreição ou rebelião contra' os Estados Unidos" de ocupar um cargo.
Os democratas, que controlam a maioria na Câmara, fizeram dar entrada de uma outra resolução em que pedem ao vice-presidente, Mike Pence, que destitua Donald Trump do cargo, invocando a 25.ª Emenda à Constituição dos Estados Unidos.
Um republicano opôs-se à adoção imediata da medida. A votação em plenário está prevista para esta terça-feira.