O Procurador-Geral do estado de Schleswig-Holstein pediu ao Tribunal Regional Superior a extradição do antigo líder catalão.
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O tribunal tem agora 60 dias para decidir se Carles Puigdemont vai ou não ser extraditado. O Procurador-Geral do estado de Schleswig-Holstein avançou com o pedido em Tribunal.
O Ministério Público alemão pretende também que o ex-presidente da Catalunha se mantenha na prisão enquanto decorre o processo de extradição por ser considerado que existe risco de fuga.
"A acusação de rebelião contempla essencialmente a realização de um referendo inconstitucional quando se esperavam confrontos violentos", refere o Ministério Público.
O antigo líder catalão enfrenta acusações de rebelião em Espanha depois da campanha pela independência da Catalunha.
Puigdemont está detido desde 25 de março na cidade alemã de Neumuenster, depois de ter passado a fronteira com a Dinamarca, e após uma perseguição de cerca de 1500 quilómetros. O catalão estava de regresso à Bélgica, onde havia residido nos últimos cinco meses e onde conseguiu asilo político.
Em entrevista à rádio catalã RAC1, o advogado, Jaume Alonso-Cuevillas, considera que com esta decisão começa o processo de extradição tal como a defesa esperava. Agora é preciso esperar pela decisão do tribunal. O advogado lembra que a decisão deve demorar entre 15 a 45 dias, mas que pode alargar-se (legalmente) aos 60 ou 90.
(Notícia atualizada às 12h02)