Talvez pinot noir, chardonnay ou pinot meunier não sejam nomes com os quais estamos todos - comuns mortais - familiarizados. No entanto, ao falarmos em champanhe talvez a conversa seja outra. 2018 está a ser um ano de eleição para este néctar dos deuses.
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Viticultores da região montanhosa de Champagne, no leste de França, começaram a colher as uvas mais cedo - visto ser um processo que começa a partir do mês de setembro - defendendo que se trata da melhor safra dos últimos 10 anos.
Após um inverno chuvoso e uma onda de calor de verão, que também reforçaram a qualidade das uvas usadas para produzir a tradicional bebida borbulhante, tudo indica que 2018 será um ano excecional.
Espera-se que os vinhos de Champagne assistam a um forte aumento na produção no ano corrente, um acréscimo de 56% em relação ao ano passado para 3,5 milhões de hectolitros (hl), após vários anos de decepcionante rendimento de uva devido ao mau tempo.
"Os últimos anos foram duros", disse o presidente da União Champagne Winegrowers, Maxime Toubart, citado pela Reuters. "Espera-se que este ano seja excecionalmente bom, por isso estamos muito felizes."
Cerca de 15 mil viticultores de champanhe devem colher entre 13 mil e 16 mil quilos de uvas por hectare, disse Toubart.
Enquanto a maioria dos viticultores celebra a colheita antecipada, alguns temem que a mudança climática altere irreversivelmente os hábitos de colheita na região e possa trazer dissabores no futuro para a produção desta bebida apreciada em todo o mundo.