Muitos deputados europeus não sabem ainda como votar. Hoje, na sessão plenária do Parlamento Europeu, em Estrasburgo, está em debate e votação a diretiva digital europeia ou lei dos direitos de autor. Pode mudar a forma como nos relacionamos com a Internet.
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Uma banda de sopros está à porta do Parlamento Europeu a dar rosto sonoro à campanha que alega que a cultura está sob ataque. Defendem que a lei dos direitos de autor ou diretiva digital europeia deve ser aprovada para dar a criadores intérpretes e aos cidadãos uma internet sustentável. Ao lado, outros criadores dizem que é preciso jogar seguro, que amam os gigantes tecnológicos mas também a proteção e, simbolicamente, oferecem preservativos.
Neste complexo legal cujo relator foi o alemão Alex Voss (CDU, o partido de Angela Merkel), de um lado a proteção de quem cria os conteúdos, do outro a liberdade associada à internet. Uma votação difícil de uma proposta que engloba muita coisa diferente.
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A eurodeputado Marisa Matias, no Parlamento Europeu há quase dez anos, reconhece que é das votações mais difíceis que já conheceu aqui em Estrasburgo: "tem coisas boas, tem coisas más, há um princípio de liberdade que do meu ponto de vista não está totalmente salvaguardado", assinalando que "há uma dimensão de censura na proposta diretiva". A deputada do Bloco de Esquerda aguarda pelas emendas que vão ser apresentadas na altura da votação.