Protesto é "prova clara" da necessidade de adotar lei do Estado-Nação do povo judeu
Manifestação em Tel Aviv contou com mais de 18 mil pessoas e pediu-se que o Supremo Tribunal revogue a lei.
Corpo do artigo
A recente Lei do Estado de Israel, que deixa de considerar o árabe língua oficial, considera Jerusalém uma capital una e indivisível e garante apenas aos judeus o direito à auto-determinação - a percentagem da população árabe de Israel é de 21%. Três meses após a abertura simbólica da embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém, o tema continua a marcar a vida do país.
Quando estiver realmente pronta, a embaixada vai custar mais de vinte milhões de dólares, ou seja, cem vezes mais do que o Presidente Trump disse.
São setecentos metros quadrados que se juntam ao antigo consulado para instalar escritórios, áreas de serviços e novas entradas.
TSF\audio\2018\08\noticias\14\ricardo_alexandre_israel
No Conselho de Ministros de domingo, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu qualificou os protestos que envolveram milhares de manifestantes no centro da cosmopolita Tel Aviv no passado sábado como "uma prova clara" da necessidade de adotar a lei do Estado-Nação do povo judeu.
"Ontem recebemos evidências claras do desafio à existência do Estado de Israel e da necessidade da lei sobre o povo judeu. Nós vimos bandeiras da Organização para a Libertação da Palestina no coração de Tel Aviv. No coração de Tel Aviv! Ouvimos os lemas em árabe: 'Limparemos a Palestina com sangue e fogo'", salientou.
As dezoito mil pessoas que fizeram o caminho entre a Praça Rabin e o Museu de Tel Aviv tinham demonstrado na véspera um sentimento muito diferente, com os manifestantes ouvidos na reportagem da televisão Russia Today a mostrarem esperança que o Supremo Tribunal revogue a lei aprovada pelo governo.
Netanyahu exigiu domingo um cessar-fogo "total" por parte do movimento islâmico Hamas na faixa de Gaza, depois de na última semana o Hamas ter lançado cerca de 180 foguetes contra Israel, que provocaram cerca de 20 feridos israelitas, todos ligeiros.
Nessa altura, o exército israelita respondeu com o bombardeamento de mais de 150 objetivos militares do Hamas, provocando três mortos palestinianos: um militante do Hamas e família:a mulher grávida e o filho, um bebé de ano e meio.