O Movimento Black Lives Matter está a preparar-se para responder a desacatos e episódios de violência, no dia seguinte às eleições norte-americanas.
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"Há protestos a serem marcados para o dia 4, seja quem for o vencedor. As autoridades governamentais sabem disto e estão a preparar-se para isso. Haverá agitação social, certamente do lado dos supremacistas e também do nosso lado".
O aviso é da co-fundadora do movimento Black Lives Matter (BLM) em Nova Iorque, Chivona Newsome. Mesmo com uma eventual vitória de Joe Biden, a activista sabe que o racismo não vai acabar no dia 4 de Novembro. "Não estou iludida", salienta. "Vamos precisar que Joe Biden trabalhe para as pessoas e as nossas organizações vão continuar a pressionar a sua administração.
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O irmão de Chivona e presidente do BLM em Nova Iorque acredita que "Donald Trump vai perder esta eleição" e se isso acontecer, "haverá certamente uma ameaça". Hawk Newsome acusa o presidente dos EUA de ser um supremacista branco, que está a alimentar um fogo, para "que pessoas inocentes sejam atingidas por brancos implacáveis, animalísticos e bárbaros". No entanto, Hawk não ficará de braços cruzados. "Temos de defender as nossas comunidades a todo o custo", diz, sem nunca esclarecer se o BLM pode responder com violência à agitação social.
O certo é que Hawk assume ter esperança, porque "o povo está a acordar", depois da escalada do ódio racial ter chegado a um ponto nunca antes visto nas últimas décadas.
*A autora não segue o acordo ortográfico de 1990