Manifestantes invadiram um centro comercial perto da fronteira com a China.
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A polícia de Hong Kong deteve pelo menos 15 pessoas, este sábado, durante confrontos com manifestantes pró-democracia que invadiram um centro comercial perto da fronteira com a China, numa ação dirigida aos turistas chineses que chegam para fazerem compras.
Polícias à paisana usando cassetetes prenderam 14 pessoas à tarde, entre as quais uma adolescente de 14 anos, que se manifestavam no interior do centro comercial no bairro de Sheung Shui, obrigando as lojas a fechar, reportou um jornalista da agência France-Presse (AFP) no local. Mais tarde, durante um incidente separado, foi detido outro homem.
Depois de a polícia partir, alguns manifestantes permaneceram numa entrada próxima, atacando os transeuntes que julgavam ser turistas chineses.
Manifestações e confrontos semelhantes, com detenções, ocorreram num centro comercial de Kowloon Bay, constatou um jornalista da AFP.
Há vários anos que Sheung Shui atrai muitos turistas e comerciantes oriundos da China continental por razões fiscais, o que suscita a cólera dos habitantes, privados das suas boutiques habituais.
Os centros comerciais de Hong Kong figuram entre os locais privilegiados pelos manifestantes.
No passado dia 8 assinalara-se seis meses desde o primeiro protesto em Hong Kong contra o projeto de extradição para a China e outros países.
Na origem dos protestos antigovernamentais está uma polémica proposta de emendas à lei da extradição, já retirada formalmente pelo Governo de Hong Kong, mas os manifestantes têm outras exigências como a demissão da chefe do executivo e do Governo da Região Administrativa Especial.
A antiga colónia britânica passou a ser uma região administrativa especial chinesa em 01 de julho de 1997.