Próxima década será a "mais perigosa e imprevisível" desde o fim da II Guerra Mundial
Numa declaração no Fórum Valdai, que se realiza em Moscovo, o chefe de estado russo garantiu que o país está a defender o seu "direito a existir" durante a Guerra na Ucrânia.
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O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, alertou, esta quinta-feira, que a próxima década será "a mais perigosa e imprevisível" desde a II Guerra Mundial.
"Pela frente estará, provavelmente, a década mais perigosa, imprevisível e, ao mesmo tempo, importante desde o fim da II Guerra Mundial" e "até certo ponto, revolucionária", avisou o presidente russo.
Durante o fórum de discussão Valdai, realizado em Moscovo, o chefe de estado russo garantiu que o país está a defender o seu "direito a existir", perante o Ocidente, que quer, na sua opinião, "destruí-la" e acusou os países a oeste da Rússia de "fazer jogo sujo e perigoso".
"A Rússia não está a desafiar as elites ocidentais, apenas está a tentar defender o seu direito a existir", afirmou Vladimir Putin.
Na opinião do presidente russo, "o período histórico de domínio absoluto do ocidente no mundo está a chegar ao fim" porque "o mundo unipolar está a tornar-se uma coisa do passado".
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas - mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,5 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.