Os socialistas espanhóis vão defender na terça-feira, no Congresso de Espanha, um conjunto de regras comuns para a toda a Europa, ao nivel de pensões, desemprego e orçamentos, em tudo semelhantes às que François Hollande apresentou no mês passado em França.
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Uma das propostas é a criação de um mercado de trabalho comum a todos os países da zona euro. Uma medida que significaria que o salário mínimo, o subsídio de desemprego e a idade da reforma seriam iguais para os 19 Estados da moeda única.
No entanto, o documento citado pelo El País não concretiza valores - nem do salário mínimo, nem do subsídio, nem da idade para a aposentação. Quanto ao subsídio de desemprego comum, a proposta dos socialistas espanhóis é a de um complemento aos subsídios nacionais.
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O objetivo é reduzir a despesa de cada Estado, em casos como os de Espanha ou da Grécia, países em que o desemprego é muito elevado. O orçamento desta união seria financiado por impostos comuns. A ideia do PSOE é taxar, por exemplo, as emissões de dióxido de carbono ou as transações financeiras.
O tesouro público europeu assentaria na capacidade para emitir os chamados eurobonds - obrigações europeias que permitam aos países emitir dívida comum.
Os socialistas espanhóis propõem um governo do euro que seria criado a partir do reforço de poderes do atual Eurogrupo num primeiro passo para uma Europa federal.
No debate de amanhã, o PSOE vai defender que a crise grega mostrou que não chega mudar a política europeia. É preciso uma alteração total da forma de governar a Europa.
A proposta dos socialistas espanhóis chega a França em setembro. Pedro Sanchez, o lider do PSOE, deverá entregar o projeto a François Hollande, que foi o pioneiro de algumas desta ideias, no passado mês de julho.