O Presidente russo garantiu que a operação na Ucrânia está a correr como planeado e garantiu compensações às famílias dos militares russos mortos em território ucraniano.
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O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou, esta quinta-feira, que as tropas russas detidas na Ucrânia estão a ser alvo de tortura e que os "neonazis" integrados nas forças ucranianas dispararam mortalmente sobre estudantes estrangeiros no país.
De acordo com declarações feitas por Vladimir Putin, numa reunião com o seu concelho de segurança, os militares russos estão a criar "corredores de fuga" para os estudantes estrangeiros, entre os quais chineses, que estão a ser "alvo" das forças da Ucrânia.
Putin referiu ainda que a população ucraniana está a ser "assustada" com propaganda nacionalista de Kiev e que as forças neonazis estão a ser "brutais" com a população local, usando "escudos humanos", estando até a reforçar a presença militar junto a creches e jardins-de-infância, onde se encontram "crianças, os maiores inocentes".
O Presidente sublinhou que o povo russo orgulha-se das forças armadas que estão a lutar pela "desmilitarização e pela desnazificação" da Ucrânia e que é dever da Rússia apoiar os seus militares - aos quais estão até a juntar-se elementos de outros partidos, como a Arménia, a Tchetchénia e a Síria.
Reafirmando que a operação na Ucrânia está "a correr como planeado", Vladimir Putin lamentou a perda das vidas de combatentes e garantiu que todas as famílias de militares feridos ou mortos na Ucrânia irão receber compensações financeiras.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já causaram mais de um milhão de refugiados, que fugiram para a Polónia, Hungria, Moldova e Roménia, entre outros países.
O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a "operação militar especial" na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional, e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.
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