O presidente russo condena, numa mensagem, o ataque 'jihadista' no Mali, do qual resultaram pelo menos 27 mortos, incluindo vários cidadãos russos, considerando que "confirma que o terrorismo é um perigo real para todo o mundo".
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Na referida mensagem, enviada ao presidente do Mali, Ibrahim Boubacar Keita, Putin afirma que "o desumano crime cometido na capital do Mali (Bamako) confirma uma vez mais que o terrorismo não tem fronteiras e que é um perigo real para todo o mundo".
"Pessoas de diferentes nacionalidades e crenças tornam-se as vítimas (do terrorismo) e só é possível enfrentar esta ameaça com a mais larga cooperação internacional", adiantou Putin.
A mensagem de Putin surge depois da porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova, ter anunciado às agências russas que vários cidadãos russos morreram na sexta-feira no ataque contra um hotel em Bamako, do qual resultaram pelo menos 27 mortos.
"Podemos confirmar que há cidadãos russos entre os mortos", declarou Zakharova à RIA Novosti, precisando que o ministério fará um comunicado depois de receber "informações fiáveis sobre o número e os nomes" das vítimas russas.
O ministério russo tinha desmentido na sexta-feira a informação de que havia vítimas russas resultantes do ataque contra o hotel internacional Radisson Blu de Bamako.
Um cidadão de nacionalidade russa estava entre os numerosos estrangeiros que foram libertados durante a tomada de reféns na sexta-feira no Mali, tinha anunciado o Ministério da Segurança do Mali.
Entretanto, segundo a agência France Presse, uma fonte do ministério da Segurança do Mali afirmou que pelo menos três suspeitos estão a ser "ativamente procurados" pelas forças da ordem.
O ataque em Bamako, reivindicado por Al-Mourabitoune, o grupo do chefe 'jihadista' argelino Mokhtar Belmokhtar, próximo da Al-Qaida, terminou com a intervenção de forças do Mali e estrangeiras.
Na sexta-feira, homens armados entraram num hotel de luxo em Bamako, no Mali, e sequestraram 170 pessoas, tendo o ataque terminado com um assalto de forças malianas e estrangeiras.