Mais de 300 localidades ucranianas ficaram sem eletricidade na sequência dos ataques russos de segunda-feira, o que levou a que mineiros ficassem retidos em minas.
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Quase 100 mineiros ficaram presos no subsolo em Kryvyi Rih, cidade natal do presidente ucraniano Zelensky, na sequência dos bombardeamentos russos de segunda-feira que causaram uma quebra de energia, de acordo a agência de notícias ucraniana Ukrinform, citada pelo The Guardian.
Segundo a mesma fonte, as equipas de resgate estão a tentar libertar os 98 mineiros retidos em Kryvyi Rih. No total, depois dos ataques da Rússia, quase 900 ficaram presos em quatro minas mas a maioria já foi libertada.
Na segunda-feira, Kiev, Lviv, Dnipro, Zaporijia, Sumi, Kharkiv e Jytomyr e outras tantas cidades foram atingidas por mísseis russos, levando a que mais de 300 localidades ficassem sem eletricidade.
Os ataques, que afetaram notavelmente as centrais elétricas da Ucrânia, causaram pelo menos 19 mortos e feriram mais de 100 pessoas.
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O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou esses "maciços" bombardeamentos pelo ataque "terrorista" cometido no sábado por Kiev contra a ponte que liga o território russo à Crimeia (sul), península ucraniana anexada por Moscovo em 2014.
O primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmygal, disse que onze grandes infraestruturas foram danificadas em oito regiões, além da capital.
A Ucrânia anunciou que interromperá as suas exportações de eletricidade para a Europa após esses ataques, pois os cortes de energia estão a afetar muitas regiões.
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A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas - mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,5 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).