Quatro meses depois do referendo, como estão os portugueses que vivem em Inglaterra a lidar com o Brexit?
Corpo do artigo
Fez esta quarta-feira quatro meses que os eleitores britânicos optaram por virar as costas à União Europeia. Caiu o Governo e foi substituído por outro, liderado por Theresa May, que deve acionar o artigo 50 do Tratado de Lisboa dentro de cinco meses.
O correspondente da TSF em Londres, Emanuel Nunes, alguns emigrantes portugueses para perceber de que forma é que o resultado do referendo alterou os seus planos de vida. A resposta é variada. Se para uns pouco ou nada mudou, para outros, há projetos que ficaram em suspenso.
Manuel Lobo Antunes, o embaixador de Portugal no Reino Unido, concorda com esta visão. Ouvido em direto na TSF admitiu que há "as coisas tendem a esclarecer-se, a poeira tende a assentar, mas há visões mais otimistas e visões mais preocupadas".
"É uma situação complexa", diz o embaixador acerca da saída do Reino Unido da União Europeia. Sobre os portugueses que querem ficar em território britânico importa sublinhar que o pedido de residência permanente só é acessível aos que trabalhem no Reino Unido há mais de cinco anos, o embaixador Manuel Lobo Antunes não está preocupado. Afirma que "não me parece que do lado do governo britânico se queira jogar com o destino, ou com o presente das comunidades da união europeia, ou de resto, com quaisquer outras".