Um dos mortos, segundo os meios de comunicação palestinianos, era líder da Jihad Islâmica e fundador da Brigada de Jenin.
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As forças israelitas mataram esta segunda-feira quatro palestinianos num ataque ao campo de refugiados de Jenin, no norte da Cisjordânia ocupada, uma zona onde já foram mortos 118 palestinianos desde o início da guerra entre Israel e o Hamas.
As vítimas das "balas da ocupação" têm entre 23 e 28 anos, de acordo com o Ministério da Saúde palestiniano.
Segundo os meios de comunicação palestinianos, um dos mortos, Weam Hanoun, era líder da Jihad Islâmica e fundador da Brigada de Jenin, grupo armado que reúne todas as milícias presentes no campo, formado há pouco mais de um ano e que tem vindo a ganhar força.
O campo de refugiados de Jenin é um dos bastiões do movimento das milícias palestinianas e, para Israel, "o maior foco de terror" na Cisjordânia, onde levou a cabo uma ofensiva militar terrestre e aérea de três dias em julho.
A agência de notícias oficial palestiniana WAFA informou que 100 veículos militares entraram na cidade, juntamente com bulldozers blindados, e que um drone israelita efetuou um ataque aéreo durante os combates.
As Brigadas al-Qasam, braço armado do Hamas, indicaram que estavam a lutar contra as forças israelitas que entravam na cidade, nomeadamente através da colocação de engenhos explosivos.
O exército israelita ainda não prestou declarações sobre esta operação.
A Cisjordânia ocupada e Israel estão a viver a maior espiral de violência desde a Segunda Intifada (2000-05). Só este ano, 320 palestinianos foram mortos, na maioria milicianos em confrontos armados com tropas e atacantes israelitas, mas também civis, incluindo 72 menores.