O secretário de Estado das Comunidades revelou hoje que quatro portugueses ficaram feridos nos atentados de sexta-feira em Paris, mas "já tiveram alta".
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Inicialmente as autoridades pensaram que mais um português estaria ainda internado, mas o secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, esclareceu que este homem é, afinal, venezuelano, embora tenha ascendência portuguesa.
O cidadão venezuelano, que permanece internado, mas cujo estado de saúde não é grave, chegou a ser identificado como sendo cidadão português, mas o equívoco foi desfeito durante uma visita ao hospital parisiense de responsáveis do Consulado de Portugal, na capital francesa.
O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, anunciou hoje que 103 corpos das vítimas dos ataques em Paris já foram identificados, ficando a faltar identificar entre 20 a 30.
Segundo o primeiro-ministro francês, em declarações à saída da Escola Militar de Paris, onde foi criado um centro de apoio para as famílias das vítimas, a identificação dos corpos que faltam irá acontecer nas "próximas horas".
Sábado, José Cesário confirmou a morte de dois portugueses, um homem, de 63 anos, vítima do atentado ocorrido junto ao Estádio de França, e uma mulher, luso-descendente, nascida em França em 1980, que estava na sala de concertos Bataclan, alvo do atentado mais mortífero na noite de sexta-feira na capital francesa.
Pelo menos 20 estrangeiros morreram na sexta-feira em Paris, na sequência dos atentados terroristas cujo mais recente balanço é de 129 mortos e 352 feridos, 99 destes em estado grave.
Entre os estrangeiros mortos estão dois portugueses, há também 3 belgas, um deles com dupla nacionalidade (franco-belga), um espanhol, de 29 anos, que estava com a irmã a assistir ao concerto dos Eagles of Death Metal na sala de espetáculos Bataclan, dois cidadãos romenos e um britânico.
Duas jovens tunisinas, irmãs, uma vivia em Paris e outra no Senegal, cujos pais habitam em Creusot (no centro de França), estão também entre as vítimas mortais, bem como três chilenos e dois argelinos, uma mulher de 40 anos e um homem de 29 anos.
O grupo extremista autodenominado Estado Islâmico reivindicou hoje, em comunicado, os atentados de sexta-feira em Paris, que causaram pelo menos 129 mortos e 352 feridos, dos quais 99 em estado grave.