Os responsáveis da empresa vincaram que o avião se encontrava "totalmente funcional" e que os pilotos da companhia aérea são "experientes e treinados para emergências". A última inspeção à aeronave data de 6 de janeiro.
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O avião ucraniano que se despenhou esta quarta-feira pouco depois de descolar do Aeroporto Internacional Imam Khomeini, em Teerão, era um Boeing 737 do ano de 2016, e foi inspecionado dois dias antes do acidente.
"O avião foi construído em 2016. Foi recebido pela companhia aérea Ukraine International Airlines diretamente da fábrica da Boeing. Tinha sido inspecionado a 6 de janeiro", comunicou a própria empresa numa nota a que a France Press teve acesso.
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A aeronave saiu do aeroporto de Teerão esta manhã e desapareceu do alcance dos radares apenas uns minutos mais tarde.
Não restaram sobreviventes neste acidente em que as 176 vítimas mortais eram maioritariamente iranianas e canadianas, como relatou esta manhã o Ministério ucraniano dos Negócios Estrangeiros.
A companhia Ukraine International Airlines, a maior da Ucrânia e de domínio privado, decidiu então suspender os voos para Teerão a partir desta quarta-feira. Os responsáveis da empresa vincaram, no entanto, que o avião se encontrava "totalmente funcional" e que os pilotos da companhia aérea são "experientes e treinados para emergências".
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"O avião estava a funcionar em condições", alegou também o presidente da Ukraine International Airlines, Yevgeniy Dykhne. "Era um dos nossos melhores aviões com uma equipa maravilhosa", reforçou, numa conferência de imprensa.
Yevgeniy Dykhne recusou comentar a especulação de que tenha havido qualquer ligação entre o lançamento de mísseis por parte do Irão contra bases aéreas norte-americanas e o despenhamento do avião, e argumentou que se deva confiar nas fontes oficiais de informação, em detrimento das redes sociais.
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A aeronave tinha subido até aos 2400 metros quando desapareceu do vislumbre dos radares, pelo que a companhia alega que "as hipóteses de ter havido erro por parte do pessoal são mínimas", e, por isso, "não estão a ser consideradas".
"Considerando a experiência dos pilotos, dificilmente houve algum erro da equipa", apontou Igor Sosnovsky.
A Ukraine International Airlines tem vindo a notificar as famílias dos passageiros e encontra-se a cooperar com as autoridades "para fazer os possíveis de forma a detetar os motivos para a queda do avião". As primeiras avaliações das autoridades iranianas e ucranianas sugerem um defeito do equipamento.