Mohamed Lahouaiej-Bouhlel, de origem francesa e tunisina, 31 anos. Tinha cadastro na polícia, mas não havia suspeitas de ligações a grupos terroristas.
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Os vizinhos descrevem à reportagem da Rádio France Info um muçulmano pouco ligado à religião, que raramente ia à mesquita, que gostava de dançar salsa, de beber álcool e de mulheres.
No início do ano, terá estado envolvido uma discussão na sequência de um acidente rodoviário. Depois disso ficou sob vigilância judicial.
Tinha autorização de residência em França, trabalhava em serviços de entregas e tinha antecedentes de delinquência comum - pequenos delitos com armas, acusações de violência conjugal, ameaças e roubo - mas não estava registado pelos serviços secretos franceses por suspeita de ligações com o terrorismo.
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Um primo da mulher afirmou que o Mohamed Lahouaiej-Bouhlel era "um homem terrível" e um vizinho contou que na quinta-feira tinha ouvido Mohamed a beber com um colega que lhe disse que ele não valia nada, ao que o autor do ataque de Nice terá respondido: "Um dia vais ouvir falar de mim".
Uma das questões para a qual as autoridades francesas procuram respostas é saber se houve cúmplices. A estação de televisão France 2 explica que as imagens de videovigilância do Passeio dos Ingleses mostram que ninguém terá sido subido ou descido do camião, antes ou depois do ataque.
Mohamed Lahouaiej-Bouhlel era natural de Msaken, uma cidade tunisina a 150 quilómetros a sul da capital Tunes, onde não ia há cerca de quatro anos.
A ex-mulher foi entretanto detida e será interrogada pelos investigadores franceses. Ela poderá ser agora uma das peças-chave para perceber os motivos do autor do atentado que ainda não foi reivindicado por qualquer organização terrorista.