Na habitual mensagem de Natal, a rainha Isabel II de Inglaterra defendeu este ano que mesmo quando existem poucas razões, é preciso acreditar que a reconciliação é possível. A monarca fez uma referência precisa ao referendo da Escócia que deixou o país dividido.
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«É claro, a reconciliação tem diferentes formas. Na Escócia, após o referendo muitos sentiram uma grande decepção, enquanto outros sentiram um grande alívio, e unir essas diferenças vai levar tempo», disse a rainha. Os escoceses rejeitaram a independência do Reino Unido num referendo em setembro, após uma campanha de dois anos que dividiu amigos e famílias.
A rainha usou como exemplo uma breve trégua durante o período de Natal entre os soldados britânicos e alemães na Primeira Guerra Mundial, há 100 anos, para referir que diferenças irreconciliáveis às vezes podem ser superadas.
«Parece que a reconciliação tem poucas possibilidades perante a guerra e a discórdia mas, como a trégua de Natal de há um século nos recorda, a paz e a boa vontade têm poder duradouro nos corações dos homens e mulheres», disse.
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A rainha Isabel II de Inglaterra, no seu discurso de Natal, elogiou ainda o altruísmo dos trabalhadores humanitários e voluntários que apoiaram as vítimas de conflitos militares e doenças, como foi o caso do ébola na África ocidental.
«Estou profundamente sensibilizada este ano com o altruísmo dos trabalhadores humanitários e voluntários médicos que partiram para o estrangeiro para ajudar as vítimas de conflitos ou de doenças como o ébola, muitas vezes enfrentando grandes riscos pessoais», afirmou a rainha.
A mensagem da soberana, de 88 anos, foi gravada no início do mês na sala de jantar do Palácio de Buckingham.