No único debate televisivo da campanha eleitoral, o PSOE e o Podemos defenderam um governo "progressista", Rajoy protegeu-se dos ataques e o Ciudadanos escolheu como alvo Pablo Iglesias.
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Com as sondagens a anteciparem que mais uma vez não haverá quem ganhe com margem para governar sozinho, o debate foi muito marcado por cenários de alianças pós-eleitorais.
Pedro Sanchez, Pablo Iglesias e Albert Rivera atacam. Mariano Rajoy defende-se. Todos os candidatos dizem que não querem que as eleições voltem a repetir-se. Numa altura em que vários cenários estão em aberto, o presidente do PP avisa logo a abrir o debate: o partido mais votado é que deve formar governo.
Pablo Iglesias, representante da coligação Unidos Podemos, logo responderia dizendo que Rajoy não vai ter mandatos suficientes para governar e que terá que haver um acordo entre progressistas.
Acontece que também Pedro Sanchez, líder do PSOE, foi alvo de Iglesias, que foi alvo de Pedro Sanchez.
Avisa o Podemos que nenhum partido vai ter maioria absoluta e por isso Sanchez vai ter que decidir com quem governa: ou com o PP ou com o Unidos Podemos. Iglesias excluiu Albert Rivera, do Ciudadanos, que escolheu precisamente Iglesias como principal adversário no debate e, enquanto era atacado, sussurrava a Rivera que o rival era Rajoy e não ele. Foi Rajoy o eleito para o ataque de Pedro Sanchez.
Já Sanchez diz que quer governar para recuperar tudo o que Rajoy destruiu. Logo a seguir ouviu Iglesias dizer que o Podemos Unidos está disponível para um governo de tendência progressista, com a garantia de que na negociação de um governo nunca há linhas vermelhas.
A campanha eleitoral arrancou na passada sexta-feira. As eleições estão marcadas para o dia 26 de junho.