O presidente do Governo espanhol considera que é uma «excelente notícia» o cancelamento do referendo na Catalunha.
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Ontem, Artur Mas, o líder catalão, reconheceu que não há condições legais para realizar a consulta popular. Esta manhã, numa conferência de imprensa organizada pelo Finantial Times, em Madrid, Mariano Rajoy afirmou que «respeitar a lei é uma obrigação de todos» e que agora é preciso «dialogar».
O executivo catalão renunciou ontem ao referendo sobre a independência previsto para 9 de novembro e, segundo o Governo regional catalão, uma «alternativa» à consulta deverá ser anunciada hoje pelo presidente Artur Mas.
Rajoy escusou-se a tecer mais comentários sobre a decisão catalã, à espera de ouvir as declarações que Artur Mas.
Ainda assim, e questionado sobre o que Madrid pode "oferecer" aos catalães, Rajoy comprometeu-se ao diálogo, partindo do princípio de que «ninguém pode estar acima da lei», nem mesmo o Parlamento ou o Governo regional catalão.
«Nunca me neguei ao diálogo, mas o mais importante é trabalhar dentro da lei, em conjunto. Quero um projeto de progresso, de maior integração europeia, que nos tire definitivamente da crise económica, melhorar a investigação, a ciência, a tecnologia, o emprego. Mas sempre em conjunto», afirmou.
O presidente espanhol utilizou um argumento que já repetiu noutras ocasiões, considerando que «Espanha é a nação mais antiga da Europa» e que «não há nenhum país mais velho que a Europa», que tem feito «muitas coisas juntas».
Rajoy destacou a constituição de 1978 onde a «classe política esteve à altura das circunstâncias» e que permitiu a Espanha «entrar na Europa, viver os anos de progresso mais importantes da sua história e estabelecer um modelo de Estado que é o mais descentralizado do mundo e que dá mais autonomia às comunidades autónomas».
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