Rangel não comenta possíveis sanções à Geórgia, mas condena retrocesso no caminho europeu
“A nossa posição é de crítica, censura e condenação daquilo que se está a passar”, afirma o ministro dos Negócios Estrangeiros
Corpo do artigo
O ministro dos Negócios Estrangeiros rejeitou, esta terça-feira, comentar a possibilidade de aplicar sanções à Geórgia face ao retrocesso no caminho para aderir à União Europeia (UE), mas disse que Portugal tem uma “posição crítica, de censura e condenação”.
“A nossa posição é de crítica, censura e condenação daquilo que se está a passar”, disse Paulo Rangel, à margem de uma reunião ministerial no quartel-general da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em Bruxelas, na Bélgica.
Em causa estão as declarações da Alta-Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Kaja Kallas, que admitiu sancionar a Geórgia por causa da repressão violenta das manifestações da população, em resposta ao retrocesso no processo de adesão ao bloco comunitário e opacidade dos resultados eleitorais no país.
Paulo Rangel não respondeu diretamente se Portugal apoiaria esta ambição da ex-primeira-ministra da Estónia, remetendo para a reunião ministerial ao nível da UE a 16 de dezembro, mas considerou que a situação na Geórgia “preocupa imenso”.
“Estes últimos desenvolvimentos são altamente preocupantes”, acrescentou, referindo-se à “repressão de manifestantes”, à “suspensão da candidatura à União Europeia e até dos apoios da UE para o desenvolvimento” do país.