O eurodeputado do PSD Paulo Rangel considerou hoje que «qualquer pasta económica» será boa para o comissário português, Carlos Moedas, e que a atribuição da Pasta do Emprego é apenas «um rumor».
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«Em qualquer pasta económica estará bem, até acho que ele é uma pessoa com tanta qualidade que até numa pasta não económica estaria bem, porque com certeza iria administrá-la com sentido económico», afirmou o eurodeputado, em declarações aos jornalistas no final de uma 'aula' da Universidade de Verão do PSD, que decorre em Castelo de Vide até domingo.
Carlos Moedas «é um candidato forte» e, portanto, «plausível para várias pastas», afirmou Paulo Rangel. Interrogado se o perfil económico de Carlos Moedas poderá denunciar qual a pasta que lhe será atribuída, Rangel lembrou que existem muitas pastas económicas, com sentidos muito diferentes, que vão desde a concorrência à fiscalidade.
«Aquilo que é mais importante é que seja uma pasta significativa, não necessariamente para o país, mas para a Europa, porque é isso que dá força não apenas ao comissário em questão, mas ao próprio país de onde ele vem», argumentou.
Sobre os rumores que apontam para a atribuição da pasta do Emprego a Portugal, o social-democrata reconheceu que seria uma boa pasta «para todos».
Questionado sobre a possibilidade de Portugal antecipar o pagamento do empréstimo ao FMI, Paulo Rangel escusou-se a falar em concreto sobre o caso português, alegando não ter «um conhecimento exaustivo» sobre a situação do país, mas defendeu que o Eurogrupo deveria «flexibilizar» a possibilidade de haver um pagamento antecipado se tal significar «um ganho para o país».
«Independentemente da situação de cada país, acho que o Eurogrupo deveria facilitar a possibilidade de antecipação, depois cada país é que deve fazer o juízo se tem capacidade ou não para fazer isso», referiu, argumentando que se os países conseguirem financiar-se a juros menores do que aqueles que têm nos empréstimos da troika, isso será bom para cada um deles e também para a zona euro.