É a primeira vez que a passagem entre Gaza e o Egito abre para a retirada de pessoas.
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A fronteira de Rafah, entre a Faixa de Gaza e o Egito, abriu, esta quarta-feira, para retirar estrangeiros e feridos graves. O acordo, segundo a Reuters, foi alcançado com a ajuda do Qatar.
De acordo com a France-Press, dezenas de estrangeiros já deixaram a Faixa de Gaza.
Espera-se que cerca de 400 estrangeiros e cidadãos de dupla nacionalidade e cerca de 90 doentes e feridos abandonem Gaza durante o dia.
É a primeira vez que a passagem entre Gaza e o Egito abre para a passagem de pessoas.
De acordo com embaixadas estrangeiras, cidadãos de 44 países e 28 agências, organizações oficiais e organizações não governamentais estrangeiras encontram-se na Faixa de Gaza.
Em Rafah, no lado egípcio, os canais de televisão próximos dos serviços secretos mostraram imagens em direto de uma fila de ambulâncias a entrar no terminal.
Na Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas desde 2007, mais de 8.500 pessoas morreram e milhares ficaram feridas nos bombardeamentos israelitas, realizados em represália ao ataque do Hamas a Israel, em 07 de outubro, que fez mais de 1.400 mortos.
Um responsável médico da cidade egípcia de Al-Arich, cerca de 40 quilómetros a oeste de Rafah, disse na terça-feira à AFP que "foi instalado um hospital de campanha de 1.300 metros quadrados em Sheikh Zueid", cerca de dez quilómetros a oeste de Rafah.
Em Washington, na terça-feira à noite, o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Matthew Miller, referiu "muito bons progressos" na questão da possível passagem através de Rafah de norte-americanos e cidadãos com dupla nacionalidade retidos em Gaza.