Os presidentes norte-americano e francês, o primeiro-ministro britânico, o governo espanhol e a oposição síria já condenaram a ação do Estado Islâmico que decapitou mais um cidadão ocidental.
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Barack Obama já condenou o assassínio «brutal» do refém britânico Alan Henning pelo grupo Estado Islâmico (EI) e disse que os Estados Unidos vão levar os responsáveis à justiça.
«Apoiados por uma vasta coligação de aliados e parceiros, vamos continuar com ações decisivas para enfraquecer e finalmente destruir o Estado Islâmico», afirmou num comunicado, referindo-se ao grupo jihadista, que anunciou ontem a decapitação de um trabalhador humanitário.
Também o presidente francês, François Hollande, disse estar «indignado» com o «crime odioso» protagonizado pelo Estado Islâmico (EI). «O crime, como os anteriores, não passará impune», advertiu o governante francês num comunicado publicado pelo Eliseu na noite de sexta-feira para sábado.
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, também já tinha reagido afirmando que «o brutal assassínio de Alan Henning» pelo grupo extremista «mostra como estes terroristas são bárbaros e repulsivos».
Já o governo espanhol condenou hoje «energicamente» o «brutal e cobarde assassinato» de Alan Henning. Num comunicado, o executivo de Mariano Rajoy expressou «consternação» pela morte do refém britânico e reclamou a libertação «imediata» do norte-americano Peter Kassing, bem como dos restantes reféns da organização 'jihadista'.
Face à ameaça terrorista, o executivo espanhol considera «essencial adotar uma estratégia fundamentada num amplo consenso entre todos os atores regionais e internacionais que promova a paz, os direitos humanos e o respeito pela vida humana».
Entretanto, o presidente da Coligação Nacional Síria, opositora do regime do presidente Bashar al-Assad, condenou hoje a morte do cidadão britânico: «as palavras não podem descrever a indignação que senti ao escutar a notícia da decapitação do cidadão britânico Alan Henning pelo grupo diabólico EI», afirmou Hadi al Bahra.
Alan Henning, de 47 anos, apelidado de 'Gadget', integrava um comboio de ajuda humanitária Aid4Syria, para o qual se tinha voluntariado como condutor, quando foi raptado a 26 de dezembro, pouco depois de ter cruzado a fronteira entre a Turquia e a Síria.
Henning é o quarto refém ocidental executado por decapitação pelo grupo extremista na Síria, depois de James Foley, cujo vídeo foi transmitido em 19 de agosto, de Steven Sotloff (2 de setembro) e do trabalhador humanitário David Haines (13 setembro).
No final da gravação divulgada ontem, o EI apresenta um novo refém, o norte-americano Peter Edward Kassing, informação já confirmada pela Casa Branca.