O número dois da rebelião líbia recusou as acusações de abusos cometidos no oeste do país sobre civis e pediu à União Europeia apoio para a reconstrução do país.
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Para expressar gratidão à Europa e também para discutir alguns temas que do ponto de vista do número dois do Conselho Nacional de Transição (CNT) vão ter um forte impacto nos tempos mais próximos, Mahmud Jibril descreveu, perante as autoridades europeias, a Líbia como um país arrasado.
«A Líbia nesta altura precisa de todos os tipos de reabilitação, como física, social, psicológica ou económica», disse o dirigente do CNT, que falou numa destruição inimaginável.
«A magnitude e o alcance da destruição vai além do imaginável em diferentes cidades da Líbia. Outros tipos de destruição, como a destruição social e psicológica, estão a acontecer», alertou.
Para o presidente da Comissão Europeia, este encontro em Bruxelas é um sinal do reforço da credibilidade do CNT.
Durão Barroso assegurou também que a Líbia pode contar com a Europa nomeadamente ao nível da experiência que pode ser assegurada na transição de um regime.
«A experiência europeia com transições políticas pode desempenhar um papel fundamental para garantir apoio na organização e supervisão de eleições livres e justas. Pode também ajudar a criar uma verdadeira administração pública e de justiça e ajudar a organização da sociedade civil e de jornais livres», disse.
O presidente do executivo comunitário lembrou ainda que, com a distribuição de 140 milhões de euros, a União Europeia é o maior contribuinte para a ajuda humanitária na Líbia.
Quanto ao relatório da organização Human Rights Watch (HRW) que acusa o CNT de abusos cometidos no oeste do país sobre civis, Mahmud Jibril afirmou que «esses poucos incidentes aconteceram nos primeiros dias da revolução e vão ser investigados», sendo que os culpados irão enfrentar a justiça. «Nós somos contra qualquer violação dos direitos humanos», referiu.