A UNESCO diz-se concentrada na recuperação do património sírio, depois do fim dos conflitos armados na cidade. O processo depende, no entanto, do esforço das autoridades e do regresso da população.
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Os responsáveis pelo património da UNESCO, a agência das Nações Unidas para o património, consideram possível a reconstrução da cidade velha de Alepo, destruída durante guerra civil na Síria.
Mazen Samman, representante da UNESCO na Síria e coordenador do programa para a cidade de Alepo, garante que a construção deve ser baseada no restante das estruturas históricas. "A nossa visão sobre a reconstrução da cidade velha é exatamente a que era antes da guerra", revela o responsável à agência Reuters.
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A recuperação das mesquitas medievais ou da cidadela da cidade é considerada estratégica para o governo sírio. O executivo liderado pelo presidente Bashar al-Assad defende a reconstrução um símbolo do regresso ao poder sobre a cidade, procurando ainda reabilitar a sua importância económica de Alepo para a Síria.
A UNESCO sublinha a necessidade de o trabalho das autoridades locais na reconstrução da zona antiga da cidade respeitar as características arquitetónicas, mas também os espaços entre as casas, lojas e espaços públicos, na organização das ruas.
Para recuperar estas características, garante a UNESCO, será necessário o regresso de muitos dos antigos trabalhadores e habitantes da cidade, refugiados fora de Alepo nos últimos anos.
Cerca de 100 mil residentes da Cidade Velha saíram de Alepo durante o período de conflito armado. A cidade é uma das mais antigas no Médio Oriente.