O Congresso dos EUA adoptou uma reforma histórica do sistema de saúde oferecendo uma vitória ao presidente norte-americano Barack Obama.
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A Câmara dos Representantes adoptou o texto, a versão aprovada pelo Senado a 24 de Dezembro, com uma maioria de 219 votos contra 212, ou seja mais três do que os 216 necessários.
Os eleitos democratas aplaudiram ruidosamente quando o 216º voto foi registado.
O presidente norte-americano, Barack Obama, considerou que esta aprovação mostra que os Estados Unidos continuam capazes «de grandes coisas».
«Esta noite superámos o peso da política, quando todos os especialistas afirmavam que isso não seria possível», acrescentou o presidente.
O texto pode agora ser enviado à Casa Branca onde deverá ser promulgado rapidamente por Barack Obama.
Os eleitos da Câmara Baixa devem igualmente pronunciar-se sobre uma série de alterações ao projecto-de-lei desejadas pela maioria democrata.
Após terem sido aprovadas pela Câmara, estas "correcções" serão enviadas ao Senado que vai tentar aprová-lo durante a próxima semana.
A reforma permitirá garantir cobertura a 32 milhões de norte-americanos que actualmente não têm qualquer tipo de sistema de saúde.
O objectivo é cobrir 95% dos norte-americanos com menos de 65 anos já que os mais idosos são cobertos por um sistema de saúde público, o Medicare.
A reforma obriga também os particulares a contratar um seguro privado, ou pelo menos a pagar uma prestação anual.
O plano garante benefícios fiscais às pequenas empresas para que financiem a cobertura de saúde dos seus funcionários, assim como fornece ajuda às famílias modestas.
Para além disso, as companhias de seguros não poderão voltar a recusar cobrir uma pessoa doente.
A reforma, com um custo de 940 mil milhões de dólares em 10 anos, deverá também reduzir o défice norte-americano de 138 mil milhões de dólares no mesmo período, segundo os números do Gabinete do Orçamento do Congresso (CBO).