O Alto Comissariado das Nações Unidas alerta para uma nova situação humanitária na Europa, que precisa de atenção urgente.
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Cerca de mil pessoas estão presas na fronteira da Grécia com a Macedónia por causa da nacionalidade. A denúncia é do Alto Comissariado das Nações Unidas (ACNUR).
O porta-voz do ACNUR, Adrian Edwards, diz que as restrições começaram há cerca de uma semana nos Balcãs. "Estão a deixar entrar pessoas com nacionalidade síria, afegã ou iraquiana, mas pessoas de outros países, ou que não têm documentos que provem de onde vêm, estão a ter mais dificuldades".
Por causa destas restrições, nas últimas 48 horas tem aumentado. Adrian Edwards conta que "aqueles que estão na fronteira grega com a Macedónia estão a protestar. Há muita tensão".
Questionado sobre se as restrições podem estar relacionadas com os ataques de Paris, o porta-voz do ACNUR revela preocupação. "Estamos muito preocupados com o impacto nos refugiados e nos migrantes. Em todo o mundo, 60 milhões de pessoas são obrigadas a fugir dos seus países. Dessas, 20 milhões são refugiados".
Adrian Edwards lembra que todas as pessoas têm direito a pedir asilo e deixa o alerta: "há um número enorme de pessoas a precisar desesperadamente de ajuda para garantir a sua segurança e necessidades", especialmente com a chegada do inverno. Por isso, defende, "esta não é a altura para começar a fechar portas a este problema".