Berliner Morgenpost / Direitos Reservados
Depois da polémica com as agressões sexuais e na tentativa de inverter a onda de contestação que se gerou, um grupo de estudantes e refugiados decidiu tomar a iniciativa de oferecer flores, sorrisos e elogios às senhoras que passavam pela estação central em Berlim.
Corpo do artigo
Cerca de uma dúzia de refugiados decidiram reequilibrar a balança e a polémica, distribuindo rosas, tulipas e charme às mulheres que estiveram na estação de comboios da capital alemã.
"Uma minoria não representa toda a comunidade", "obrigado alemães", "respeitamos as mulheres", lia-se nalguns dos cartazes que acompanharam a iniciativa e que podem ser vistos no vídeo publicado pelo diário Berliner Morgenpost.
"Hoje queremos oferecer flores e expressar carinho e respeito pelas mulheres que foram vítimas de agressões em Colónia. Estamos tão consternados com o que aconteceu como estão os alemães. Como refugiados, não toleramos esse tipo de atos e também queremos que se faça justiça", disse um participantes aos jornalistas.
"Somos 1,1 milhões de refugiados e a Alemanha ajudou-nos. O que aconteceu representa apenas um pequeno grupo comparado com todos nós", disse outro.
Os relatos e as queixas de agressões sexuais ocorridas na noite de ano novo abalaram a Alemanha que está cada vez mais dividida quanto ao acolhimento de refugiados. A cidade mais afetada foi Colónia com relatos de mil atacantes descritos como requerentes de asilo, africanos e árabes.