O rei de Espanha, Felipe VI, propôs que o líder socialista, Pedro Sánchez, tente formar governo, pelo que se abre um período de negociação para obtenção de apoios para uma votação de investidura.
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O presidente da Mesa do Congresso dos Deputados (parlamento espanhol), o socialista Patxi López, informou da decisão do Rei, tomada após uma segunda ronda de consultas com os líderes das formações partidárias com assento parlamentar.
Pedro Sánchez e o PSOE (com 90 deputados) terão de fazer acordos para chegar a uma maioria no parlamento que lhe permita contornar - numa primeira ou em votações sucessivas - um quase certo voto contrário do PP (123 deputados).
O impasse sobre quem governará Espanha mantém-se desde 20 de dezembro, dia das eleições gerais espanholas, que o PP ganhou sem maioria absoluta (123 deputados). O PSOE conseguiu 90 assentos e o Podemos outros 69.
A correlação de forças saída da votação indica que qualquer um dos partidos terá de fazer acordos pós-eleitorais para uma investidura e para formar governo.
O Podemos propôs ao PSOE um governo de coligação, pedindo a vice-presidência e pelo menos cinco ministérios, juntamente com o partido Izquierda Unida e o apoio de forças catalãs e bascas, mas os socialistas preferem um governo de cor única, com acordos de apoio parlamentar.
Várias fações regionais no PSOE exigem a Pedro Sánchez que deixe claro que renuncia a apoios de forças que defendem a independência de Catalunha ou País Basco. O líder do PSOE vai submeter os eventuais acordos a uma consulta à militância.