O rei de Marrocos afirmou estar «comprometido com a realização de reformas estruturantes», mas rejeitou a «demagogia» dos manifestantes que exigem que ceda alguns dos seus poderes ao governo recentemente eleito.
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O rei Mohammed VI confirmou que está «comprometido com a realização de reformas estruturantes» que serão feitas «com a consolidação do modelo marroquino».
Embora sem dar grandes pormenores sobre o que pretende fazer, o soberano de Marrocos indicou que não ficará satisfeito com a aquilo que foi alcançado com este modelo e que quer consolidar este modelo com «novas reformas».
Perante os membros do Conselho Económico e Social, órgão consultivo previsto pela Constituição, mas que até agora não tinha sido colocado a funcionar, Mohammed VI disse que não iria ceder à «demagogia», um dia após os protestos que varreram o país.
«Ao instaurar este Conselho Económico e Social, damos um forte impulso para a dinâmica reformista», acrescentou o rei de Marrocos, que lembrou que a «fundação de uma democracia efectiva deve ir de mão em mão com o desenvolvimento sustentável».
Para Mohammed VI, «se fundámos este conselho hoje, ,é porque temos constantemente recusado ceder à demagogia e à improvisação da nossa acção dirigida a consolidar o nosso modelo singular de democracia e desenvolvimento».
Milhares de manifestantes têm exigido nos últimos dias que o soberano marroquino ceda alguns dos seus poderes ao governo do país, que foi recentemente eleito.