A decisão será anunciada esta quinta-feira e baseia-se no aumento de infeções e no aparecimento de novas variantes.
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Portugal pode sair da lista verde de destinos turísticos para onde os britânicos podem viajar sem necessidade de fazer quarentena no regresso.
De acordo com a imprensa britânica, há a expectativa de Portugal deixar de ser considerado um destino seguro. Boris Johnson afirma que qualquer país pode ser removido da lista e o Reino Unido não hesita em voltar a apertar as regras.
A decisão, que será anunciada esta quinta-feira, baseia-se no aumento de infeções em Portugal, bem como no aparecimento de novas variantes, nomeadamente a do Nepal que já estará em circulação na Europa.
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Em declarações à TSF, Elidérico Viegas, presidente da Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve, admite que, a confirmar-se, é uma decisão injusta e que representa muito mais do que um balde de água fria.
"É um tanque de água fria porque é uma situação que, de facto, nós não contávamos e esperamos que não venha a acontecer. Trata-se de uma decisão injusta, uma vez que o Algarve e o país têm bons indicadores, quer relativamente ao número de infeções, quer relativamente ao índice de transmissibilidade e, portanto, não vejo qualquer razão para que o governo britânico possa tomar uma decisão dessa natureza, mas a concretizar-se seria um retrocesso enorme", afirma.
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Elidérico Viegas sublinha que as reservas do mercado britânico dispararam, há três semanas, com a inclusão de Portugal da lista verde. Se o país for retirado, ficam em causa as expectativas para todo o verão algarvio.
"Assistimos a um aumento muito significativo das reservas de turistas britânicos, acima daquilo que estávamos à espera e isso permitia ter boas perspetivas para este verão porque para além da procura por parte do mercado interno, podíamos contar aqui com o nosso maior fornecedor de turistas que é precisamente o Reino Unido", explica.
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Também em declarações à TSF, o presidente do Turismo do Algarve diz que a acontecer a saída de Portugal da lista verde de destinos de férias do Reino Unido será um sério revés para a região e para o país. João Fernandes espera que o que hoje foi difundido pelos media britânicos não passe de um rumor.
"Estamos a aguardar naturalmente a decisão oficial", afirma, acrescentando que "a acontecer, obviamente, que tem um impacto significativo no Algarve.
"Nós tínhamos uma procura muito robusta já e até crescente para as próximas semanas do mercado britânico, com os voos a aumentarem a sua capacidade, com as reservas nos hotéis também a consolidarem este processo desde 17 de maio e, obviamente, que seria um duro revés na medida em que esta revisão leva três semana a ter efeito", admite.
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Há nesta altura doze países na lista verde que permite aos britânicos fazerem viagens para o estrangeiro
sem terem de cumprir quarentena quando regressam ao Reino Unido.
Desde 17 de maio, Portugal estava incluído nesta lista verde do Reino Unido.
"Fizemos um progresso enorme a combater a pandemia Covid-19 no Reino Unido. Não chegámos ao fim, mas os sinais são muito positivos", afirmou, na altura, o ministro britânico dos Transportes. Porém, disse que é necessário não colocar este sucesso em risco e que "a única via de saída da pandemia é cuidado e prudência".
"Temos de ter a certeza que países com os quais restabelecemos ligação são seguros, que as taxas de infeção são baixas e taxas de vacinação baixas, e não estão a incubar variantes perigosas e têm vigilância em prática", indicou.
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