Rebekah Brooks, antiga executiva de Rupert Murdoch e amiga do primeiro-ministro britânico David Cameron, foi hoje libertada sob fiança por um tribunal de Londres no caso das escutas telefónicas.
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Brooks, de 44 anos, compareceu hoje pela primeira vez em tribunal, ao lado do seu marido Charlie Brooks, de 49 anos, e de quatro outros acusados de conspiração para perverter o curso da justiça na investigação policial do caso das escutas telefónicas do jornal News of the World.
Depois de uma breve audiência, a primeira desde que foi acusada a 15 de maio, Brooks e os outros cinco acusados foram libertados sob fiança e devem voltar ao tribunal no dia 22.
Rebekah Brooks foi diretora do News of the World entre 2000 e 2003 e depois do The Sun entre 2003 e 2009, tendo finalmente sido promovida a diretora executiva da News International (NI), subsidiária do grupo News Corporation e proprietária dos dois jornais e também do The Times.
A 15 de julho de 2011 demitiu-se das funções e dois dias depois foi detida por suspeita de escutas e de suborno à polícia.
Brooks enfrenta três acusações de retirar caixas de material do arquivo da News International e de tentar esconder documentos, computadores e outro material da polícia nos últimos dias do News of the World (o jornal encerrou em julho de 2011).
Charlie Brooks, Cheryl Carter, 48 anos e assistente pessoal de Rebekah Brooks, Mark Hanna, chefe de segurança na NI, Paul Edwards, 47 anos e motorista de Rebekah, e Daryl Jorsling, de 39 e segurança de Brooks, enfrentam uma acusação.
As acusações têm como pena máxima a prisão perpétua.