Reportagem TSF em Israel. Em Jerusalém só ficaram ortodoxos e quem é velho para combater
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Desde o início do mais recente conflito entre Israel e a Palestina, a 7 de outubro, que Jerusalém tem envelhecido muito. Na cidade a TSF só encontrou quem é ortodoxo ou velho demais para combater.
Pelas ruas só se veem cabelos brancos e chapéus pretos. Ficaram as mulheres com os filhos, os velhos e os ultraortodoxos. Os cafés de Jerusalém ajudam a passar os dias dos três irmãos Iacovich. É aqui que vão partilhando a mágoa e o medo.
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"Estamos zangados e com medo, muito medo porque estão a matar crianças, estão a matar mulheres. O que é isto? O que querem?", questiona à TSF um dos irmãos.
Com 74 e 76 anos, os irmãos Iacovic viram muito, mas nunca pensaram ver este dia.
Islão está a ser como Hitler
"A minha família esteve em Auschwitz. O meu irmão, pai e mãe, todos foram assassinados. Agora o Islão está a ser como Hitler", sublinha.
Como muitos israelitas acham que os palestinianos não têm do que se queixar.
"Os muçulmanos aqui vivem como reis. Têm tudo. Dinheiro, trabalho, tudo", garantiu outro dos irmãos.
São poucos os palestinianos que trabalham em Jerusalém e poucos também concordarão que não lhes faz falta segurança, nação nem liberdade, mas para estes irmãos judeus o paradigma é Auschwitz. Fez na segunda-feira 12 anos que lhes morreu o pai, com quem um dos irmãos falou em oração.
"Falei com o meu pai e ele nem quer acreditar no que está a acontecer em Israel. O que se passou em Auschwitz não é nada comparado com o que se está a passar aqui", contou o judeu.
Os irmãos não prescindem da vingança e deixam claro que não há perdão para o que tem acontecido.