Se Donald Trump vencer, podem estar “em jogo os direitos das mulheres”, alerta uma das muitas voluntárias democratas no estado do Michigan
Corpo do artigo
Viajaram da Califórnia para o Michigan. São todas mulheres, algumas de São Francisco, outras de Los Angeles, e encontram-se nos subúrbios de Detroit para a campanha porta-a-porta da organização Fems 4 Dems, uma organização de mulheres que se juntaram depois da derrota de Hillary Clinton, em 2016.
Estão “muito longe de casa”, admite Ami Gershoni, que deixou o marido, os filhos e o pequeno negócio em São Francisco, porque “não podia ficar sentada a queixar-se” e também porque “a democracia é um verbo e não um substantivo”, declara com convicção.
Vinda de Los Angeles, mas com origem norte-coreana, Esther Varet justifica o sacrifício como forma de “combater o desespero”. Longe dos filhos de 10 e 7 anos, Esther suporta do próprio bolso as despesas de deslocação, alojamento e alimentação, durante os dias em que está longe de casa. Aliás, como fazem todas as voluntárias. “É tempo de dar tudo (…) são precisos tantos como nós no terreno, porque acabará por ser um jogo no campo.”
Amy Gershoni acredita que “estão em jogo os direitos das mulheres. Esta eleição é também, um referendo a esses direitos que podem estar em causa, se Trump vencer”. No entanto, todas acreditam que Kamala Harris está preparada e os EUA também estão prontos para ter a primeira mulher Presidente. Na verdade, garante Esther, o país “está pronto desde Hillary Clinton”.