Reportagem TSF nos EUA: mulheres democratas no Michigan acreditam que à segunda será de vez
Depois do “desastre” de 2016, em que Hillary Clinton foi derrotada por Donald Trump, as Fems 4 Dems, uma organização de mulheres democratas no Michigan, garantem que o país e Kamala Harris estão prontos para uma mulher Presidente
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Na contagem decrescente para as eleições nos EUA, milhares de voluntários intensificam a campanha porta a porta, a forma mais próxima de chegar aos eleitores.
Numa ação nos arredores de Detroit, um grupo de mulheres divide-se em equipas, cada uma com listas de eleitores a quem vão bater à porta. Estão identificados pelo nome, idade, género e sentido de voto nas primárias, através de uma aplicação que serve de guia às voluntárias da Fems 4 Dems, uma organização de mulheres que se juntaram depois do “desastre de 2016”, explica à TSF a presidente Marcie Paul. “Foi mesmo uma onda de mulheres que reagiram [à derrota]. Já fomos privadas da presidência uma vez. Portanto, estamos preparadas e aqui, no Michigan, sabemos qualquer coisa sobre eleger mulheres para lugares de topo. Estamos mesmo com esperança”, afirma Marcie Paul.
O estado do Michigan é governado por uma mulher, Gretchen Whitmer, que chegou a ser apontada como possível candidata à Casa Branca, quando Joe Biden ainda não se tinha afastado da corrida. O vice-governador, o democrata Garlin Gilchrist, acredita que o estado do Michigan vai ser “decisivo” nas eleições de terça-feira e fez questão de apoiar a iniciativa das Fems 4 Dems. ”Angariar apoiantes é talvez o mais importante que as pessoas podem fazer”, declara à TSF. “Sinto-me inspirado pelas pessoas que estão a participar. Algumas estão a fazê-lo pela primeira vez.”
Se para algumas mulheres é uma estreia, Marcie Paul tem uma longa experiência do contacto porta-a-porta. Começou “há algumas décadas” e garante que “pode ter muito impacto” e “fazer a diferença”.
A 5 de Novembro, logo se verá se os EUA vão escolher, pela primeira vez, uma mulher para o mais alto cargo da nação.